Wallame: aplicativo que utiliza RA

Walla Me
Aplicativo que utiliza Realidade Aumentada




Apresentação:

A análise do aplicativo WallaMe será feita levando em consideração os três fatores que permitem ao usuário vivenciar com mais profundidade a narrativa.
Trata-se de um aplicativo que utiliza estruturas do mundo real como mural de mensagens. Estas serão vistas somente por pessoas que também são usuários, podendo ser compartilhadas com todos que utilizam o aplicativo ou apenas com amigos selecionados.

O primeiro passo, ao entrar no app, é criar uma conta que levará seu nome e foto. A partir daí já é possível registrar o lugar que você se encontra e deixar uma mensagem oculta onde você estiver. Essa mensagem ficará lá até ser deletada pelo próprio usuário que a escreveu.



Agência: 


O WallaMe tem baixo sentido de agência. A categoria, relacionada ao poder do usuário de realizar uma ação e obter um resultado ou recompensa, é pouco mobilizada neste aplicativo, uma vez que a sua estrutura não corresponde à de uma história ou sequência, onde há resultados possíveis para as ações dos usuários. A estrutura do aplicativo é totalmente rizomática, não havendo caminhos certos a percorrer: de maneira semelhante ao jogo do Pokemon, é o próprio mundo o palco das interações. No entanto, no caso do WallaMe, não há os elementos que trazem o sentido de agência que há no jogo do Pokemon: as pokestops, os centros de batalha, os pokemons a serem capturados e evoluídos, por exemplo. No WallaMe, nenhuma interação gera “resultados" objetivos ou uma evolução dentro do app, e a única possibilidade de criar um sentido de agência seria se os próprios usuários criassem, dentro da estrutura do aplicativo, uma narrativa ou jogo a partir das locações e das mensagens deixadas nesses lugares, que funcionariam como pistas para desvendar um enigma ou alcançar um determinado objetivo. Por outro lado, a interatividade pode ser muito explorada dentro dessa estrutura, onde é possível, numa mesma sala, criar inúmeras mensagens e desenhos com os quais se pode interagir.



Transformação:

A categoria da transformação tampouco é mobilizada neste aplicativo, pelo fato de que não há uma história com diferentes possibilidades que possa ser alterada pelas opções que o usuário tomar. No WallaMe, as escolhas do usuário não contribuem no sentido de uma transformação, e a ausência de uma estrutura sequencial rompe totalmente com essa possibilidade.



Imersão:

A imersão é igualmente enfraquecida pela ausência da história. A mistura entre mundo real e o mundo do app pela realidade aumentada, é, na minha concepção, um fator que em si mesmo perturba a possibilidade de imersão, uma vez que os fatores do mundo real acabam por desviar a atenção do jogo para os acontecimentos reais. Tomo novamente como exemplo o jogo de realidade aumentada do Pokemon, que em minha experiência, achei pouco cativante e cansativo, tendo logo abandonado. Para mim, os jogos em que há apenas a tela, separada do mundo, numa realidade total em si mesma, têm a capacidade de fazer alguém entrar em “outro mundo” muito mais acentuada do que os jogos ou apps de realidade aumentada, na medida em que esses últimos obrigam o usuário a realizar movimentos que geram distrações. 

No entanto, na apresentação do nosso exercício, em sala, podemos perceber um alto grau de imersão na narrativa. Acredito que isso tenha se dado pela maneira que utilizamos o app e por ser uma atividade em grupo. 

Abaixo, os links do Wallame, que contêm as intervenções digitais no mundo real e sua localização no mapa que utiliza dispositivo GPS:

apresentação do app: http://walla.me/wall/4HWKww19Ou

agência 1: http://walla.me/wall/BWWBVyCwlA

agência 2: http://walla.me/wall/tmIK5z6xXx







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